Pular para o conteúdo principal

Sérgio Pavarini entrevista o apóstolo da graça divina

Foto: Tom Fernandes

O profeta da graça Philip Yancey esteve no brasil para o lançamento do seu novo livro Para que serve Deus", lançado pela Mundo Cristão e Sérgio Pavarini conversou com ele, sobre o livro e como anda o cristianismo atual.

"De mil passará, mas a 2.000 não chegará..." Incontáveis vezes esse vaticínio repetido durante muito tempo foi reputado como "profecia bíblica". O fato é que chegamos ao ano 2.000 sem nenhum tipo de problemas, o que inclui o tal "bug do milênio". Foi um ano marcado pela vitória do PT nas eleições municipais e conquistas como a segunda vitória de Guga em Roland Garros. Antigas rivais, Brahma e Antarctica se fundiram e sepultaram a frase clássica atribuída a Vicente Matheus. No campo pessoal, virei titio com o nascimento do meu primeiro sobrinho.

Foi durante esse ano emblemático que dirigi até Águas de Lindóia (SP) para entrevistar Philip Yancey pela primeira vez. O papo foi agradabilíssimo e passamos mais de duas horas conversando. O escritor e jornalista já se destacava em meio à mornidão reinante nas prateleiras de livros cristãos e iniciou debates que ainda fazem parte das discussões entre o rebanho. Em sua quinta visita ao Brasil para o lançamento mundial de "Para que serve Deus", a Mundo Cristão gentilmente me convidou para rever um dos meus autores favoritos. Nada melhor para celebrar esses 10 anos do que levar o Henrique (meu sobrinho) para acompanhar o encontro. Confira o nosso papo.


Dez anos atrás o sr. afirmou que o seu público havia mudado e que muitos não-cristãos estavam lendo seus livros. Como é o seu público hoje?

Só posso falar sobre os leitores que entram em contato comigo, que me escrevem. Em geral, são pessoas que foram machucadas de alguma maneira pela igreja e, mesmo assim, não desistiram de sua busca por Deus. Um dos motivos que as atraíram a meu trabalho é que sou muito franco sobre minhas próprias feridas. Se a pessoa não crê em Deus, provavelmente nem pegará meus livros. Porém, se elas acreditam que existe "algo mais" e não se sentem confortáveis indo a uma igreja, então esse é o tipo de pessoa que lê os meus livros.

Os últimos presidentes norte-americanos declararam-se cristãos. Que diferença isso fez para os EUA? Estamos às vésperas de eleições no Brasil. Cristão deve votar apenas em cristão?

É interessante que um dos presidentes que recebeu o maior número de votos nos últimos tempos foi Jimmy Carter. Ele é um conhecido batista do sul. Durante todo o período em que foi presidente, continuou dando aula de Escola Bíblica todos os domingos. Ninguém pode questionar a sua fé. O mais engraçado é que a maioria dos cristãos norte-americanos não gostava dele, nem de sua maneira de fazer política.

Então veio Ronald Reagan, que foi o nosso primeiro presidente divorciado. Ele quase nunca ia à igreja e não deu quase nenhum apoio a obras cristãs beneficentes. Mesmo assim, era muito popular entre os evangélicos conservadores. Eles gostavam do seu jeito de fazer política. Quando penso sobre isso, lembro-me de algo que Martinho Lutero disse: "Se for me operar, prefiro um médico muçulmano a um açougueiro cristão".

Prefiro um líder que saiba liderar e conheça as melhores políticas para o país. Não adianta ter alguém que saiba a coisa certa a dizer, mas não age tendo em vista o que é melhor para a nação.



Veja a entrevista completa no pavablog

Fonte:
Mundo Cristão , via pavablog

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O escafandro e a borboleta

Uma dica de filme bacana, um motivacional apesar de não ser um filme cristão.     por Juliana Dacoregio   Impossível assistir a O escafandro e a borboleta (França/EUA, 2007) e não pensar em valorizar mais a própria vida. É o pensamento mais simplista possível, mas é também o mais sábio. Eu estava com um certo receio de assistir ao filme. Sabia do que se tratava e não queria sentir o peso da tragédia daquele homem. É uma história realmente pesada. E por mais que Jean Dominique Bauby – que, baseado em sua própria história, escreveu o livro homônimo que deu origem ao filme – conseguisse rir apesar de sua situação, o riso dele faz só faz aumentar o nosso desconforto, por ficar evidente que seu rosto permanece estático enquanto há emoções em seu interior.   Bauby se viu preso em seu próprio corpo em 1995, quando sofreu um derrame que o deixou totalmente paralisado e incapaz de falar. Apesar disso ele não teve sua audição e visão afetadas e suas faculdades mentais continuar

William Barclay, o falso mestre

  O texto a seguir foi traduzido por mim, JT. Encontrado em inglês neste endereço . As citações de trechos bíblicos foram tiradas da bíblia Almeida Revista e Atualizada (ARA).     William Barclay, o falso mestre Richard Hollerman Estamos convencidos de que muitas pessoas não percebem o quão difundido o falso ensinamento está em nossos dias. Elas simplesmente vão à igreja ou aceitam ser membros da igreja e falham em ter discernimento espiritual com respeito ao que é ensinado pelo pastor, pregador ou outro "sacerdote". Elas meramente assumem que tudo está bem; caso contrário, o quartel-general denominacional certamente não empregaria uma pessoa em particular para representar sua doutrina publicamente. Esta é uma atitude desgraçadamente perigosa a sustentar, uma que nos conduzirá de forma desencaminhada e para dentro do erro. Alguns destes erros podem ser excessivamente arriscados e conduzirão ambos mestre e ouvinte à condenação eterna! Jesus nos advertiu sobre os farise

O natal por Ed René kivitz

O Natal não é um só: um é o Natal do egoísmo e da tirania, outro é o Natal da abnegação e da diaconia; um é o Natal do ódio e do ressentimento, outro é o Natal do perdão e da reconciliação; um é o Natal da inveja e da competição, outro é o Natal da partilha e da comunhão; um é o Natal da mansão, outro é o Natal do casebre; um é o Natal do prazer e do amor, outro é o Natal do abuso e da infidelidade; um é o Natal no templo com orquestra e coral, outro é o Natal das prisões e dos hospitais; um é o Natal do shopping e do papai noel, outro é o Natal do presépio e do menino Jesus. O Natal não é um só: um é o Natal de José, outro é o Natal de Maria; um é o Natal de Herodes, outro é o Natal de Simeão; um é o Natal dos reis magos, outro é o Natal dos pastores no campo; um é o Natal do anjo mensageiro, outro é o Natal dos anjos que cantam no céu; um é o Natal do menino Jesus, outro é o Natal do pai dele. O Natal de José é o instante sublime quando toma no colo o Messias. A partir daquela primei