Foto: iPródigo.com
Uma festa surpresa incomum
“Morte lenta”, 3h da madrugada
Tony Campolo conta de uma vez que estava pregando em Honolulu, no Havaí.
Campolo vive na costa leste dos Estados Unidos, então seu corpo estava 6 horas
à frente do horário havaiano. Às 3 horas da madrugada, era como se fosse 9h pra
ele. Acordado e com fome para o café da manhã, ele se viu de madrugada em uma
lanchonete “morte lenta”. Assim que deu a primeira mordida no seu donut, oito
ou nove prostitutas entraram na lanchonete. O horário de trabalho estava acabando.
A conversa do grupo era alta e barulhenta, era difícil não prestar atenção. Ela
ouviu uma dizer a outra que era o aniversário dela no dia seguinte. “O que você
quer de mim? Um bolo de aniversário?”, foi a resposta sarcástica. “Por que essa
grosseria?”, ela respondeu. “Só estou dizendo. Eu não espero nada. Eu nunca
tive uma festa de aniversário. Não estou esperando uma agora”. Quando Campolo
ouviu isso, tomou sua decisão.
Quando as mulheres saíram, ele foi até o dono da lanchonete, um rapaz chamado Harry.
“Elas vem sempre aqui?”. “Sim”, disse Harry. “Até aquela que estava sentada
perto de mim?” “Sim, aquela é a Agnes. Por que você quer saber?” “Porque eu
ouvi ela dizendo que é o aniversário dela amanhã, e eu pensei em fazermos uma
festa surpresa”. Pausa. Então Harry esboçou um sorriso. “Essa seria uma boa
ideia”. Não demorou muito para a esposa dele se envolver no plano também.
Em seguida
2h30 da madrugada seguinte. Campolo trouxe enfeites e Harry assou um bolo. A
notícia se espalhou e era como se todas as prostitutas de Honolulu estivessem
na lanchonete – além de Campolo, o pregador. Quando Agnes entrou com suas
amigas, elas ficou pasma. Sua boca ficou aberta e os joelhos vacilaram. Ao
sentar-se em um banquinho, todos cantaram “Parabéns pra você”. “Apaga as
velinhas!”, alguém gritou, mas no fim das contas, foi Harry que teve que
apagar. Então ele estendeu uma faca para ela. “Corte o bolo, Agnes, pra que a
gente possa comer”. Ela olhou para o bolo. Então disse, vagarosamente, “Será
que dá… se vocês não se importarem… pra esperar um pouco… pra comer o bolo?”
“Claro, sem problema”, disse Harry. “Pode levar pra casa, se você quiser”
“Posso?”, ela perguntou. “Posso levar pra casa agora? Eu já volto”. E lá foi
ela, carregando seu bolo.
Que tipo de igreja
O silêncio reinava. Então Campolo disse “Que tal orarmos?”. E eles oraram.
Campolo dirigiu um grupo de prostitutas em oração às 3h30 da madrugada. Quando
terminaram, Harry disse “Ei, você nunca me contou que era algum tipo de
pregador. A qual igreja você pertence?”. Campolo respondeu “Eu pertenço a uma
igreja que faz festas de aniversário para prostitutas às 3h30 da madrugada”.
Harry ficou em silêncio por um tempo, e depois resmungou, “Não, não é verdade.
Não existe uma igreja assim. Se existisse, eu me juntaria a ela. Eu ia querer
fazer parte de uma igreja assim”.
Campolo conclui seu relato:
Nós também não queremos fazer parte de uma igreja assim? Não amaríamos uma igreja que faz festas de
aniversário para prostitutas às 3h30 da madrugada? (…) Mas qualquer um que lê o
Novo Testamento descobrira que Jesus gostava de estar com prostitutas e todo
tipo de gente excluída. Os coletores de impostos e os “pecadores” amavam estar
com ele porque ele se reunia com eles. Os leprosos viam nele alguém que comia e
bebia com eles. E enquanto algumas pessoas solenemente piedosas não entendiam o
que ele estava fazendo, essas pessoas solitárias que normalmente não eram
convidadas para festas o receberam com grande entusiasmo.
Traduzido por Filipe Schulz, para o iPródigo.com
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Alexandro